Não poderia deixar de tirar o meu chapéu para a conquista do tri-campeonato Pernambucano pelo Santa Cruz. O time das três cores hoje é o primo pobre do estado, entre os grandes, e realmente tem realizado feitos inimagináveis.
Primeiro tirou o hexa do Sport jogando na famigerada quarta divisão brasileira. Foi bi-campeão novamente em cima do Sport, este na primeira do nacional, com investimentos de peso. Os Rubro-Negros na ocasião lutavam pelo seu quadragésimo título, uma vez que hexa já era coisa do passado.
E eis que novamente, este ano, o tricolor de Pernambuco desbancou seu rival dentro da Ilha, se sagrando tri-estadual. Posso apontar várias virtudes para o ocorrido, mas, sem deméritos ao Clube Náutico Capibaribe, desta vez a obrigação de ganhar o título era a deles.
Veja bem: o Náutico hoje é o mais poderoso de Pernambuco, é o único na elite, ganhando um caminhão de dinheiro, indo inclusive mandar por trinta anos os seus jogos na Arena Pernambuco, disputando um torneio internacional este ano… Obrigação total deles! O Sport está na segunda, vamos ser razoáveis, o time ainda é uma potência financeira, mas já não carregava nas costas o favoritismo de outrora.
O Santa Cruz, aos trancos e barrancos, folha salarial lá embaixo, revelando jogadores de última hora, pois perdeu a zaga titular no meio da competição, um machucado e outro contratado por outra equipe. E esses dois novos zagueiros prata da casa parece que não mudaram a estrutura defensiva Coral.
Falei para alguns amigos meus Tricolores, que se o Santa Cruz fosse tri-campeão em cima do Sport eu tiraria o chapéu, e é o que estou fazendo agora. Futebol se faz com garra, amor, empenho acima de tudo, e respaldo da torcida. Esses elementos deram o triunfo aos Corais.
Ao Santa Cruz meus sinceros parabéns, mas advirto: se continuar na terceira divisão do Brasileiro de nada terá valido a pena esse título.
Ao Sport levantar a cabeça, pois a elite do Brasileiro lhe espera para o ano que vem, e a segundona vai ser por demais difícil.
Ao aristocrático de Conselheiro Rosa e Silva um alerta: jogar uma Sulamericana com o que tem aí nem passa da primeira fase, onde os confrontos são com times brasileiros. E cair para a segundona no ano que vem é rota fácil.
O Náutico tinha a obrigação, o Sport o desejo, mas o Santa abocanhou essa. A cobra coral realmente pode ser chamada de anaconda…
Incrível como os rubro-negros tiram o SEU da reta. Como o Náutico não chegou à final, a “obrigação” de ganhar o Campeonato é sim do ex-todo-poderoso Sport Club do Recife. O Campeão do museu…kkkk
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Enorme Anaconda! E vivas ao Santa Cruz! Mereceu!
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