Um olhar de rapina rumo ao vago e desabitado quarto vazio.
Uma madrugada solitária onde as reflexões pairam sobre a névoa da sensibilidade de um olhar absorto.
A vida tem várias nuances de possibilidades.
Eu um dia fui rei!
Hoje a minha coroa serve de decoração do mausoléu da minha morada eterna. Ela ficou infectada pelo cheiro das cobras e abutres que passaram a utilizá-la como moradia.
Uma coroa de brilhantes sem o seu rei!
A majestade divina saberá fazer a balança do peso do ouro que ela carrega. O quão pesada ficou essa coroa…
Me levanto depois de uma dose de adrenalina da minha letargia. A morfina é o meu ópio, ela me dá a segurança de que terei uma vida leve, como uma brisa.
Coroas existem para clamar a majestade de cada um de nós. Todos nós possuímos uma coroa. A minha ficou no esquecimento.
Vou ser coroado pelo sétimo ano de minha morte.
Isso é simbologia…
Isso é fato!
Tem mistério nesse texto.
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