
Ainda criança, morei em São Paulo um ano, meu pai lá havia ido com a família inteira, fazer a sua residência em Cirurgia Geral e Plástica.
Na volta, moramos em Boa Viagem, e logo depois, fomos para Piedade.
Era uma casa propria, financiada, mas uma bela casa que passei grande parte da minha infância.
A renda familiar aumentou, e logo meu pai comprou a casa dos sonhos dele, onde mora até hoje. E eu, morei lá, desde esse dia até os 41 anos de vida.
O destino me jogou para Boa Viagem, o matrimônio para o Centro, depois Zona Norte.
O oposto.
Aí sim, vi o que era a vida, levei uma “pezada” nas costas, e percebi a crueldade da humanidade.
Vamos lá, não tenho muitas alternativas senão varar a madrugada com as minhas famosas maratonas literárias.
Um fragmento sensorialemente superficial de minha vida.
Hoje olho para o passado e percebo o quanto esses tempos tem me ensinado.
Ganância!
Preconceito!
Gente sacana!
BOLETOS!
Dizer mais o quê?
E esses danados desses boletos não param de chegar, vamos lá, é preciso viver (sobreviver) na selva.
Seria chichê dizer: “selva de pedra”, porque nem é aí que eu quero chegar.
É selva de predadores como uma emboscada de leoas no meio do mato, numa savana em que temos que entrar em uma lona de nylon para dormir.
1:19h, acabei de olhar o relógio.
Está um pouco cedo, acho que vou meditar…