O voo da gaivota

Ela conseguiu voar, deve ter sido difícil, o seu primeiro voo. Mas aconteceu, ela conseguiu atingir os céus.

Mas quando se consegue a primeira vez, nunca mais ela deixa de o fazer.

As asas da liberdade.

Existe o perigo dos gaviões, existe a possibilidade de ela ser encurralada durante o vôo por dois gaviões até.

Daí é fatal, ela é comida, engolida.

Mas ela atingiu os céus, isso é o que mais importa.

E atingido, nunca mais sentirá a vontade de liberar a sua endorfina pelos ares do mundo.

As gaivotas atingem o céu, e elas conseguem a sua liberdade.

Ficar disposto a isso, tem um grande grau de dificuldade, muita coragem mesmo.

E uma vez isso atingido, nunca mais ela vai deixar de alcançar os céus.

Deve ser belo voar, mas nós homens não controlamos isso, nós homens, no caso “Homo sapiens”, de fato voamos quando conseguimos viver.

Viver é sair da casa dos seus pais, é conseguir pagar as suas contas, é conseguir vencer o sistema.

Sendo assim, voar significa muita coisa na vida de um homem, significa que nada deve mais o vencer, mas significa sair da casa dos seus pais.

E aí começa a dura jornada de um vencedor, mas o coração da mãe, ela, principalmente, deve ficar cortado.

Muitas vezes ele encontra outra cidade, outro país para voar.

Às vezes seus pais morrem e ele está tão distante, que só dá tempo de comparecer à missa de sétimo dia.

Enfim, a liberdade tem os seus perigos, mas a liberdade é sublime.

Voar, voar…

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