
Tentando se reinventar, o peregrino encontrou finalmente o oásis.
Ele decidiu dar a si mesmo uma sobrevida.
Nocauteado, exausto pela sede de viver, o peregrino cortou o cordão umbilical.
Agora, nada mais restava para ele do que ser literalmente dominado pela fome e pela sede, pois no oásis, encontraria certamente igredientes necessários para esta falada sobrevida.
Dilacerado pelo desejo reprimido, ele nada mais tinha a fazer do que se alimentar.
Agora, verdadeiramente, saberia como lidar com a injustiça social.
O peregrino sempre sofrera esta danada desta injustiça social, já até se acostumara. Resolveu aceitar a condição de submisso.
Sempre fora, desde a infância.
Alimentado pelo desejo secreto da submissão, ele aceitou a sua CRUZ.
E o que seria esta maldita CRUZ?
Nada mais que soluções irremediáveis para a sua causa, sua militância, sua sobrevivência.
Sempre fora um encostado e parasita, e agora mais e mais, muito mais do que se poderia supor.
País em guerra, conflitos existencais, falta de sono, tentativas de sobrevivência.
Ok, ok.
O peregrino aceita tudo, e aceitou o fardo que o impossibilitou para a eternidade a sua inclusão social.
Vamos viver, mas vamos sofrer.
Vale à pena uma reflexão desta parábola, e esta parábola vai para a página: TOURETTE: POR GIBA CARVALHEIRA.
A sociedade é sonsa e injusta, a sociedade reprime e acovarda, mas a sociedade não sabe da força do peregrino.
Ele é S.T.