
Na noite me faço mais.
É penetrando ela, lentamente, que alcanço orgasmos literários, independente de ser sexuais, pois esse é o melhor de todos, desse eu não abro mão.
Poderia até ser um celibatário, mas os orgasmos literários são de fato a minha predileção.
Uma paz invade a minha introspecção.
Fico suave, sereno, mais tangível e extremamente sensível.
Como poderia contemplar, na morosidade da madrugada, uma condição puramente sexual?
O sexo com as palavras é mais racional, é completamente aceitável nos padrões de impulsos orgásticos.
A terapia é absoluta.
A terapia é diária.
Tenho plena convicção dos meus desejos consumados.
Fico completamente inerte perante os desejos da literatura, tão aceitável, tão complexo e completo.
E assim comungo da hóstia no dia segunte.
A hóstia sagrada que me foi negada pelo Padre, mas que deixo para a sabedoria alheia, definir se estou preparado ou não.
Concordam?