
Não estou navegando com o leme apontado para um norte.
O norte não está me parecendo seguro.
Por conseguinte, atraco o meu barco distante, depois de ter retornado da navegação, e aguardo silenciosamente, que tudo seja lido.
O meu diário será aberto.
Nada tenho a esconder, nunca me fiz de fiel da balança, não estou convicto dos meus dizeres estarem especificamente voltados para a maré mansa.
Pois a maré nunca foi branda.
Sempre estive entre tormentas nebulosas, navegando contra a maré.
E navegando contra ela, colecionei uma porção de desafetos, pois todos foram aparecendo no meu caminho, e bati de frente com todos.
Não abri mão de ter comigo toda a sabedoria de um sábio, pois o consciente coletivo teve que ser monitorado por mim.
E aqui, o navegador de mares inóspitos, aconselhou o mater rei, de seus atributos perante o seu gado.
A parábola se encerrou aí, num mar evolto, sem muita convicção.
Apenas a retórica das quatro estações.