
O alinhamento no pensar, está cada vez mais distante.
Disfarço por outrora, finjo ser quem eu não sou, até que explodo.
E o meu emocional, intimamente ligado ao desejo de estar dentro de uma nuvem branda, não uma carga explosiva, acaba explodindo.
E dentro do meu lar.
Muito difícil a situação.
E desta ficção, quero mais distanciamento, além do social, tantas coisas escrotas e sacanas que vejo nessa vida.
A vida é uma eterna escrotisse social, desde a minha tenra infância que já observei isso, e cada peão ocupou o seu lugar no taboleiro.
Nunca precisei de soberba para carregar na cabeça uma coroa, sempre abrilhantei os lugares em que pisei, nunca precisei de um tapete vermelho.
A dignidade para mim não precisou de uma carteira farta de moedas, esse nunca foi o meu objetivo.
Covardes os que beberam do meu cálice.
De néctar entendo um pouco, e sei que o meu sempre fora doce.
Mas amargou.
As uvas apodreceram.
Sou o resultado de uma sequela de quase 50 anos.
Luto, prossigo e contiuo a caminhar.
Os peões são a minha personificação neste cenário obscuro, e sou um deles, sou o que leva todo dia um caminhão de areia, porque quero e sempre vou somar.
O resto, poesias ao vento, e de fato também as quero recitar.
Viendo, arpendendo e reproduzindo.
Recitando e saboreando, de novos néctares, divinos e abençoados.