Suave como a madrugada

Viver sem o sentimento do calor em fogo, que vem de dentro, é possível. Acontece quando a maturidade chega.

Nos tempos da loucura que ardia em brasa, o indivíduo praticamente não tinha outra coisa no que se pensar, era arder na fogueira da luxúria.

Um bom café, um bom show para assistir, uma bela madrugada para desbravar, existe coisa mais apaixonante?

E só, introspectivamente.

A madrugada solitária, noite que é penetrada com carinho, paixão acima de tudo.

O alimento desnecessário faz parte de uma rotina sem muitas espectativas, nada de novo, todos os dias, um dia novo, mas tudo igual.

E as diretrizes da sorte selam de vez o seu aspecto na monotonia de uma pandemia.

Vivemos da angústia dos pecadores, tão deliciosos os seus pecados.

No embalo de notas mágicas penetro sem medo nos sombrios campos sobrenaturais da madrugada eclipsal.

As sementes foram plantadas, agora me resta colher os frutos, e eles, bem, eles vão me curar.

Um pouco aliviado, desejo que os atributos de quem vira madrugadas diariamente, sair da necessidade apenas de ser homem-zumbi, mas de fato fazer do ócio, um ócio criativo.

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