
Esquecido entre pensamentos, acabo por me encontrar dentro de uma metáfora, daquelas póstumas e com rótulo de validade.
Tão angustiante é o desenrolar dos fatos, mas de fato eu estou varando madrugadas por vezes, e por que não pensando no mais profundo pesar sobre minha pessoa.
Não terei nunca o descaso de companheirismo matrimonial, pois de fato tudo é com a máxima de fidedigndade.
Tenho ao meu lado a maior de todas as confianças.
O porto seguro.
E para retomar com todo o gás o tempo perdido, diria que nem tão perdido assim se foi, talvez foi o enclausuramento necessário que me fez totalmente pleno.
Tenho a convicção de que passei algumas jornadas dentro de uma bolha, uma bolha que foi deliciosamente degustada por mim.
De dentro dela fiz todas as refeições possíveis, e não me imagino mais trancafiado dentro de outra.
Porém estamos nessa vida para contestar acima de tudo.
Aqui contesto o meu envolvente caminhar, a minha jornada perante o absurdo.
Tão absurdo e necessário possa ser o semblante divino, tão angustiante e conflitante seja o tamanho da divindade em pessoa, tão desconexo quanto o meu galopante raciocínio.
Aqui descubro que existem caminhos, muitos e mais ainda, depois do amanhecer.