
Por onde andei deixei um rastro horrível de pecado.
Não obstante à minha condição de pecador, deixei as delícias e prazeres do mesmo.
Pois o pecado é delicioso, é prazeroso, é uma doce lembrança, por mais que seja condenável.
Ando um pouco anestesiado com as coisas, por mais que seja condizente dizer que a quarta metade do meu cérebro esteja contaminada, me sinto muito só.
Perdido neste mundo de falácias, espero da lógica uma soma eterna e progressiva de meus pesares.
O livro de nossas vidas, aquele que nem é redigido por nós mesmos, apenas o Criador tem acesso à ele, está a verdadeira e cruel face da moeda.
No compasso de espera, a função totalizada de maneiras cômicas de reagir ao purgatório, me leva à gargalhada sem prescedentes.
Do purgatório joguei cartas com o satanás.
Agora estou curtindo o revés disso tudo.
A situação ficou um pouco complicada, mas apenas para a minha cabeça, pois não pude suportar o peso de meu pecado.
Um pouco mais de ternura para essa vida, é o que rogo.
Rogo também pelo apego do disforme, pela forma do mosaico e pela arte do abstrato.
Por tudo, rogo por dias combalidos, mentalmente compomentidos, mas rogo pela ruptura brutal de todos os tormentos.
Assim espero no paraíso, do paraíso.