
O poder da culpa não oferece denominações de responsabilidade como deveria.
Por várias vezes arranquei de mim a sequela necessária para me condenar, o flagelo imposto a mim mesmo, por atos feitos por mim.
Refém de mim mesmo, só faço mal a mim mesmo.
E assim delibero as falácias que sou preso e espero poder usufruir de uma liberação de culpabilidade, por aceitar os meus pecados.
Eu pequei, e quem não pecou?
Costumo dizer que se sou um pecador assumido, a humanidade também o é, pois sou o seu subproduto.
Como nas parábolas evangélicas, atire a primeira pedra…e já se passaram muitas dezenas de anos.
Talvez mais de dois milênios.
Os tempos vão, outros aparecem, mas a retórica da culpa é a mesma.
Basta querer assumí-la, pois ainda tem gente que utiliza do negacionismo para o tal, como se nada fizeram de errado.
Assumir a culpa não é para todos, fato.
Tem que se ter um grande coração para o tal.
E também, tem que se poder perdoar, perdoar a si mesmo.