
Para se chegar a algum lugar, é preciso de um pouco de estrada, portanto percorri alguns quilômetros na minha vida.
Para falar a verdade, algumas léguas, ou mil quilômetros e mil léguas.
Percorri uma grande estrada, e isso eu conto em verso e prosa.
E o que mais me intrigou em toda a minha jornada foi justamente a condição humana da sociopatia.
É necessário dizer que sempre estive ao lado da boa conduta, por vezes deslizei em embrulhadas trajetórias, mas eu sempre fui uma pessoa que nunca fez mal a ninguém.
Se fiz, foi a mim mesmo.
E dentro da minha trajetória, acredito que deixei um vasto legado, e nunca deixei de salientar que o meu maior defeito foi justamente o meu perfeccionismo.
A minha literatura, eu sempre acreditei nela. Depois percebi que as pessoas acreditavam nela, e daí veio a consagração de uma luta.
Pois sempre lutei por um mínimo reconhecimento, e esse eu hoje possuo.
Se me perguntarem se eu tenho arrependimento de alguma coisa, responderei que não.
Sem rancores nem arrependimentos.
Sou da paz e quero viver em paz.
De resto, nada mais me interessa.