
Parte de mim é um estorvo.
Estorvo no grau máximo.
Parte de mim é esperança.
Esperança num mundo mais justo.
E de tantas justiças que se possa vir neste mundo, nada mais justo que os pontos nos “is”, e me proponho a colocar um a um.
Nesta vida onde a fortuna não reina, dentro de mim só me resta amarguras e amor.
Amor para quem merece amor.
Amargura deixa eu as colocar dentro de mim, pois as tenho bastante.
Coisas são atribuídas às minhas convicções, o poético está apenas comigo, nada mais a acrescentar.
Já possuo muito calo nas mãos, sou um vencedor neste exército de tubarões, já possuo calos demais na minha concepção de vida.
Sou o reverso de uma pessoa amargurada.
O inverso de uma situação vil.
O caminho anuncia a chegada de uma nova esperança, um novo tempo, tenho dentro de mim a mácula de um oprimido.
Não posso encontrar substantivos que me reflitam a generosidade de outrora, tenho a convicção da fé, tenho a atribuição do respeito a mim mesmo.
Vou voar, consciente de que dei o melhor de mim, sempre, nesta vida insosa, insana, cheia de contra mãos.