
Por mais que queira me rotular da minha sina, não posso fugir do meu passado, e ele está cheio de nódulos negros.
Espero o perdão da humanidade, aguardo por um momento de serenidade no olhar do próximo, eu daqui já atingi o meu destino.
Tenho pensado muito nos acontecimentos últimos que ocorreram comigo, e deixo reiteradas vezes registrado o meu apelo em relação aos olhos que me miram.
Não satisfeito com este olhar, me pego observando mais vezes a sentença para mim dada.
E fui condenado de forma contundente.
Não poderia jamais levar para o meu leito de morte tamanha serenidade, apesar de rotulado.
Mas os rótulos são de descompasso, eu não o mereço, em hipótese alguma.
Volta e meia me pego na retórica da contra-mão, e deixo os olhares turvos a me procurarem no vazio completo.
Absoluto.
Vou dar meia volta, espero sentir o desgosto sepulcral, aquele que me dá engodo.
Para aí sim, me libertar de todas as fantasmagóricas amarras.