
O bravo andarilho esteve nas mais sombrias paragens, aquelas introspectivas, que dilaceram o corpo e a mente.
Esteve por vezes aprisionado nas suas ruínas, a mente presa dentro de um relicário.
E viu alí todo o seu infortúnio acelerar a sua morte.
O andarilho esteve perto de um dilema existencial, mas não se furtou e manteve a sua firme vocação para a brevidade do seu tempo.
Mas o fato é que ele queria viver mais.
Até então sobrevivendo, ele jamais soube afirmar com clarevidência, como pode firmar pactos com lobos.
Não se aprisionou mais em entranhas dilaceradas.
Refez o seu assombroso caminho, optou por jejuar, e na condição de famigerado no tempo, fez voar todos os corações divinos, aqueles por quem ele se apaixonara.
O andarilho sabia que estava prestes a atingir o final do poço, o fundo dele, e conseguiria chegar a tempo de encontrar a sua metade?
Estava prestes a renunciar o sabor do pecado.
Se recolheu a ínfimas manifestações de prazer.
Nunca mais foi o mesmo.