
Freneticamente, abro o meu coração dilacerado pela letargia, e ignoro as providências futuras ao delírio das impressões inesistentes.
Saboreio o nectar todos os dias que vou comer o doce mel da minha espectativa, e revigoro meu espectro para sempre andar pensando no futuro, nunca esquecendo do presente.
Vou informar as minhas angústias aqui, e deixarei perplexo os meus descendentes, mesmo não tendo nascidos ainda.
Pois de tanto tempo esperando a minha condição de coadjuvante, as impróprias desistências me fazem amargar neste universo de constelações decaídas.
Depois de longos 800 anos, a Estrela de Belém poderá ser vista novamente, e nem sei se isso é profético, num mundo abominável e pandêmico.
Não irei usurpar o trono dos Reis Magos.
Espero apenas pela paz que atingiu o meu cérebro e o meu viver.
Conduzirei agora e para sempre, o reflexo de uma graça abençoada, nada mais a ser dito.