
Indo de encontro à letargia, vou sereno em busca de uma paz anunciada depois de ter colocado minhas medicações na boca.
O portador de Tourette desde sempre tem que se acostumar a essa rotina.
Não diria apenas a rotina de uma pessoa que toma remédios controlados, mas a uma rotina de equilíbrio acima de tudo.
Temos o equilíbrio necessário para admitir que temos que ser escravos das papeletas psiquiátricas.
E a ter que ir regularmente a um psiquiatra.
Ainda tenho uma psicóloga para me dar o suporte de sustentação social.
Com tudo isso, recebo o coquetel necesário para me manter equilibrado num mundo em que sempre estou em uma corda bamba.
A necessidade de ter esse suporte, me faz refém de um sistema terapêutico, mas acima de tudo, o auto controle é a melhor saída.
O portador de Tourette é diferenciado, é especial.