Foto por ahmad syahrir em Pexels.com
A felicidade é efêmera.
Como a embriaguez também.
Ela engana os dispositivos cerebrais, pensamos estar em sintonia orgástica, mas mesmo o orgasmo é igualmente efêmero.
Agora penso que a tristeza tenha uma singularidade específica. Passei e passo muito tempo de minha vida preso nos infindáveis transistores negativos.
Vivo plenamente o pouco de felicidade que possuo.
Como o orgasmo, tendo estado feliz por alguns instantes, procuro me adequar aos parâmetros da normalidade.
Já fui um dia feliz, e como…
Mas sei que isso já passou, tenho em mãos o atestado de riqueza atribuída ao meu catálogo de incertezas. Fui feliz um dia…
E se me perguntarem por quanto tempo mais estarei aprisionado na melancolia, responderei que ela é a antítese da plenitude feliz.
Fui feliz um dia…
Hoje estou sereno, e com a serenidade, esqueço a culpa, pois também mereço o perdão.
Para efemeramente, tentar um pouco de felicidade.