
Como diria a velha profecia, em casa de papel, não se fuma cigarros.
De repente um incêndio, que irá devastar toda uma população habitável, pois para estar inserido no habitat é preciso saber a dose exata para usufruir da liberdade.
Liberdade essa que teria por conseguinte realizar um retórico aparelhamento para se livrar das correntes.
Correntes que se arrastam.
Os pesadelos, eles, apenas uma criatura poderia possuir o dom de liberdade, ela está trancafiada no envólucro de papel, como a casa.
A casa de papel apenas uma manifestação turbinada de um fogo que poderá destruir toda uma concepção de harmonia.
Um ser harmônico, todas as famílias unidas, para se obter a liberdade de um inflamável lar.
Fecha-se as cortinas…o fogo se dissipou, a harmonia se fez presente novamente.
Liberdade.
Felicidade.
Apenas isso.
A fúria da água do mar jamais se fez presente, pois não precisou mais de uma onda maldita para apagar o fogo.
Fez-se mais de uma vez, a libidinosa conduta de uma fúria desnecessária, aquela que arrebata os corações livres de todas as sequelas da vida.