
Diante de todos os meus momentos, estou prestes a derrubar as barreiras da minha temperança, para acumular o desejo do pecado.
Venho diante de todos, admitir a minha culpa, por ter tentado ser tão bem aceito nas covas sociais.
E tive que pagar o meu preço.
Ainda o pago.
Venho diante de tudo, admitir a minha culpa.
E meu pecado foi apenas amar os excluídos assim como aos da minha casta.
Este mundo não cabe o socialismo, não cabe a igualdade.
Como é distante a igualdade entre os homens, eu fico seriamente estupefato com tudo.
Agora tenho apenas a certeza de que a vida não pode ser reta como a visão turva das pessoas.
É preciso amar, e amando se chega a lugares mais sofisticados, não seja apenas o paraíso bíblico oferecido aos fiéis.
Tenho dó do mundo, muita dó.
Dó das pessoas mesquinhas, eu tenho a culpa da solidão, a carrego dentro do meu peito.