Insônia

Vivendo 48h por dia, o relógio biológico descompensou.

E esse descompasso com o tempo, me leva ao mergulho angustiante da violenta insônia, macabra como só ela pode ser.

Agora, vejo no meu relógio, são 2:55 da madrugada, e nada do sono aparecer.

Penso somente no eu de ontem, e no eu do agora.

Nada, mas nada desse mundo poderia ser mais dramático que essa aflição que sinto por dentro.

Um afogamento traumático, o sono que não vem, angustiante e tenebroso ativamento cerebral, agustiante e tenebrosa insônia que me persegue e me leva à nocaute.

Bem vindo jovem amigo, ao marasmo da consciência, as minhas pernas tremem, mas não é de medo, apenas a força foi embora.

Portanto mais vele um insone que um bêbado cambaleante na madrugada.

Um insone sóbrio, fumando as bitucas do cigarro que já acabou, e nem um fiteiro para comprar outro maço de cigarros.

Nada está aberto, apensa a minha dilacerada consciência, e ela vaga…vaga sem rumo, sem horizontes.

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